Fui parar ali, meio perto, distante
Escrevendo coisas com mil letras
Muita vogal, pouca consoante
Palavra de dor, que em ti eu me perca!
Deixando sair a minha parte histérica
Com receios, loucuras e dores
Eu vi renascer minha veia poética...
Meio torta, e mais cheia de horrores
Muita vida, muito abraço, pouca rima
Achando poesia na vida, escrevi tudo normal
[nada de baixo pra cima
Com saudade de amanhã, querendo tudo perto
Continuo acompanhada e só
Fazendo oásis em teus desertos
Não quero mais teus versos pobres
E tua vida com pouco ardor
Preciso antes que recobres
A memória do que é a dor
É lindo teu ar, teu beijo de criança
Mas a profundidade da minha ânsia
Velho ou novo, você não alcança.
Desabafo mal rimado do dia de hoje.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Sobre o sono...
Quanto ao sono, resolvi que não o quero mais. Pelo menos não mais esse sono solitário.
Quero alguém que me tire o sono. Que não me deixe mais dormir a noite toda sossegada... Quero uma noite em claro, mas cheia de suspiros de amor. Primeiro suspiros solitários, depois suspiros de paixão correspondida. Mas qualquer paixão não me serve, essas tem aos montes, penduradas nas ruas como carnes no açougue ( e também como essas, vêm cheias de moscas e fedor). Eu quero uma paixão que cheire a pele, que cheire a alma saindo pelos poros, com gosto de coração batendo e falta de ar.
Não precisa ser uma paixão com amor... Esse pacote amor combo express sai tão caro, na maioria das vezes... Quero uma paixãozinha comédia romântica, com contrato prolongável por várias noites companheiras e pés se esquentando.
Paixão com dedicatória na contra-capa, música tema, e choro nos filmes água com açúcar. Quero uma paixão autorizada. Paixões proibidas precisam de um espírito menos marcado que o meu.
Quero alguém que diga : "Eu deixo você se apaixonar por mim." "eu preciso me sentir apaixonável".
Quero um vidrinho de companhias apaixonantes e um liquid paper.
Quero alguém que me tire o sono. Que não me deixe mais dormir a noite toda sossegada... Quero uma noite em claro, mas cheia de suspiros de amor. Primeiro suspiros solitários, depois suspiros de paixão correspondida. Mas qualquer paixão não me serve, essas tem aos montes, penduradas nas ruas como carnes no açougue ( e também como essas, vêm cheias de moscas e fedor). Eu quero uma paixão que cheire a pele, que cheire a alma saindo pelos poros, com gosto de coração batendo e falta de ar.
Não precisa ser uma paixão com amor... Esse pacote amor combo express sai tão caro, na maioria das vezes... Quero uma paixãozinha comédia romântica, com contrato prolongável por várias noites companheiras e pés se esquentando.
Paixão com dedicatória na contra-capa, música tema, e choro nos filmes água com açúcar. Quero uma paixão autorizada. Paixões proibidas precisam de um espírito menos marcado que o meu.
Quero alguém que diga : "Eu deixo você se apaixonar por mim." "eu preciso me sentir apaixonável".
Quero um vidrinho de companhias apaixonantes e um liquid paper.
"Me perdi no seu sorriso..."
O poder das frases de canções é incrível. Elas têm a capacidade de sintetizar milhares de sentimentos universais, o que nos faz achá-las geniais, quando , na maioria, são simples generalizações. Mas, sendo assim ou não, essa frase do título resume bem o que eu sinto algumas vezes...
Já sentiu vontade de sumir no meio de um sorriso? Eu sinto sempre. Os sorrisos são, pra mim, a porta de entrada mais bela que se pode ter na vida das pessoas.
Quer um exemplo banal? Lá vai: O menino tá na balada e vê uma menina que ele que beijar, o que fazer? Faça ela sorrir. Pode ser com cantadas bregas, coisas singelinhas e bonitas. Se ela sorrir, grandes chances.
É claro que tem gente que sorri à toa. Mas mesmo nessas pessoas, podemos perceber o sorriso diferencial... O sorriso de "vamos parar por aqui, pra você nao entrar mais na minha vida.", o sorriso que vem acompanhado de mãos nervosas, um coloca aqui, tira ali... um quase-carinho disfarçado de quase-nada...
Me perdi no seu sorriso (aquele mesmo do seu Jorge), mas nem queria me perder... Quando eu vi, fui.
A vida é um eterno se perder... Se perder na vida do outro, se perder dentro da gente, se perder apenas por diversão... Ou se perder seriamente, daquele jeito que o norte some...
Se perder é grave, lindo e necessário.
Vamos nos perder?
Vamos nos achar?
Já sentiu vontade de sumir no meio de um sorriso? Eu sinto sempre. Os sorrisos são, pra mim, a porta de entrada mais bela que se pode ter na vida das pessoas.
Quer um exemplo banal? Lá vai: O menino tá na balada e vê uma menina que ele que beijar, o que fazer? Faça ela sorrir. Pode ser com cantadas bregas, coisas singelinhas e bonitas. Se ela sorrir, grandes chances.
É claro que tem gente que sorri à toa. Mas mesmo nessas pessoas, podemos perceber o sorriso diferencial... O sorriso de "vamos parar por aqui, pra você nao entrar mais na minha vida.", o sorriso que vem acompanhado de mãos nervosas, um coloca aqui, tira ali... um quase-carinho disfarçado de quase-nada...
Me perdi no seu sorriso (aquele mesmo do seu Jorge), mas nem queria me perder... Quando eu vi, fui.
A vida é um eterno se perder... Se perder na vida do outro, se perder dentro da gente, se perder apenas por diversão... Ou se perder seriamente, daquele jeito que o norte some...
Se perder é grave, lindo e necessário.
Vamos nos perder?
Vamos nos achar?
quinta-feira, 23 de abril de 2009
A corrente
Ela tinha uma corrente, daquelas que prendem pelo pé. Ele não tinha corrente nenhuma, mas isso era recente, ele soltou-se das correntes há pouco.
Ela fingia não ver as marcas no pé dele, afim de que ele não perguntasse sobre a sua amarra. Os dois saíram, conversaram, assuntos não faltavam. E eles seguiam, ambos meio mancos pelo meio da cidade. Ao longo do caminho, suas pernas foram se sentindo cada vez mais livres e,a corrente, cada vez mais fraca, foi largando-se em ferrugem, até que o elo se rompeu.
Ele, com as marcas dos pés ainda doloridas, ficou pelo caminho, pois nada conseguia ver à frente que não lembrasse suas dores. E ela se foi.
Leve e sem feridas, percebeu que, acostumada com o peso das correntes, agora fazia a mesma força para andar como se carregasse ainda o peso de antes, e por isso corria. Corria demais. Encontrou pelo caminho um menino com correntes na mão. Mas ele não estava preso por elas, apenas as segurava, procurando alguém que estivesse disposto a ser preso por elas e caminhar lentamente com ele ao longo de sua estrada. Ela viu, conversou com ele e quando menos percebeu, estava presa. Contra a vontade, mas presa.
E se compadeceu tanto da dor da solidão do rapaz, que não conseguiu pedir que a soltasse.
E presa seguiu. Andando pelos buracos e desvios daquela estrada que era só dele, onde só havia espaço para um, mas ainda assim não disse.
Tropeçaram, se embolaram, ele a atropelou no meio de sua inquietaçao. E ela foi aniquilada, morta. Mas ele precisava tanto de uma companhia, qualquer que fosse, que nem percebeu. E seguiu, arrastando sua companhia passiva e morta, até q a carne cedeu, e ela ficou, passiva e com marcas num caminho que não era dela.
Sei que ficou pesado e estranho, mas é pra dizer que preciso vivera minha vida, com o meu peso, com os es buracos pelo caminho. O meu caminho.
Ela fingia não ver as marcas no pé dele, afim de que ele não perguntasse sobre a sua amarra. Os dois saíram, conversaram, assuntos não faltavam. E eles seguiam, ambos meio mancos pelo meio da cidade. Ao longo do caminho, suas pernas foram se sentindo cada vez mais livres e,a corrente, cada vez mais fraca, foi largando-se em ferrugem, até que o elo se rompeu.
Ele, com as marcas dos pés ainda doloridas, ficou pelo caminho, pois nada conseguia ver à frente que não lembrasse suas dores. E ela se foi.
Leve e sem feridas, percebeu que, acostumada com o peso das correntes, agora fazia a mesma força para andar como se carregasse ainda o peso de antes, e por isso corria. Corria demais. Encontrou pelo caminho um menino com correntes na mão. Mas ele não estava preso por elas, apenas as segurava, procurando alguém que estivesse disposto a ser preso por elas e caminhar lentamente com ele ao longo de sua estrada. Ela viu, conversou com ele e quando menos percebeu, estava presa. Contra a vontade, mas presa.
E se compadeceu tanto da dor da solidão do rapaz, que não conseguiu pedir que a soltasse.
E presa seguiu. Andando pelos buracos e desvios daquela estrada que era só dele, onde só havia espaço para um, mas ainda assim não disse.
Tropeçaram, se embolaram, ele a atropelou no meio de sua inquietaçao. E ela foi aniquilada, morta. Mas ele precisava tanto de uma companhia, qualquer que fosse, que nem percebeu. E seguiu, arrastando sua companhia passiva e morta, até q a carne cedeu, e ela ficou, passiva e com marcas num caminho que não era dela.
Sei que ficou pesado e estranho, mas é pra dizer que preciso vivera minha vida, com o meu peso, com os es buracos pelo caminho. O meu caminho.
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