terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"Cá estou carente...

... Manda novamente algum cheirinho de alecrim"

Descobri que a máxima "tudo passa" é mentira. A verdade mesmo é que tudo volta e algumas coisas não passam, não senhora!
Sonhei, inventei e fingi que aquele amor de antes se tinha ido. E não é que nas vésperas dos quatro anos desse amor feito, ele volta... E volta como se nunca tivesse ido, como voltam todas as coisas das quais sentimos muita falta.

Tentei durante muito tempo entender porque ele me prende por dentro e acho que descobri. É um amor diferente... no meio desse aor vivi tantos outros, Meu Deus! Mas não tive que fingir que não os vivi e acho que por isso ele permanece, mesmo depois que todos os outros se foram...

É um carinho que se pretende primeiro e último. É aquela exceção a todas as regras que tentamos nos impor. É um amor sem mesura, sem cálculo. Mas não é emoção pura também. É amor sem palavra.

É aquela velhinha analfabeta cheia de coisas inéditas pra contar... É o PhD de inteligência sedutora... É o ator de mistério...
Me lembro e fantasio esse sentimento como fazemos com um livro no meio da leitura... Fico refrescando a memória do que acabei de ler e fantasiando o que ainda virá.

Se virá...

Como virá

Como virei...

O que virei?