sexta-feira, 9 de maio de 2008

Todo fim um dia chega.

Até mesmo o fim das convicções. Muitas coisas que parecem certezas, de repente mudam. E não foi diferente na vida dela.
Tinha decidido havia poucos meses que não mais se permitiria ações levianas, diversões somente se tivessem por trás de si algo de muito libertador e isso já era convicção. A única coisa que ela não havia calculado, era o poder da novidade.
Há tanto tempo sua rotina não mudava, que simplesmente sumiram de seus pensamentos as coisas que nela não estavam inclusas.

E eis que surgiu um elemento novo na sua rotina: a displicência.
E esta chegou de forma avassaladora, com tudo aquilo que poderia haver de mais jovem e bonito. Com uma ingenuidade que de tão pura lhe parecia forçada. Arrastou sua convicção pra baixo do tapete, pra baixo de si, pra baixo de tudo.
E foi embora.


O ônibus não passa, a saudade não passa, o fim chega e não passa.