quarta-feira, 1 de julho de 2009

Natureza.

O gosto era de pele jovem, antiga, mas jovem. Os olhos eram meio assim, curiosos... Apagadinhos curiosos que tentavam disfarçar não me achar criança demais praqueles momentos, mas tudo isso eu conseguia ignorar.
Das palavras arrogantes às que se prentendiam sensuais, todas elas tomavam meus ouvidos e meus olhos sem que eu nada pudesse fazer. E me rendi. Foi uma rendição medrosa, confesso. Mas uma rendição.
Som de coração batendo e de risada fácil, era tudo o que eu ouvia por trás da porta dele. Uma porta entreaberta que parecia querer me atrair como o doce a uma criança. Analogia fraca, no entanto esclarecedora sobre o que me ocorreu.
Do meio do mato que era eu, se ouviam passos. Do meio do nada que me parecia o outro, eu sentia gargalhadas. Daquelas bem bonachonas, sabe? é... de tudo que eu já aprendi a fazer, me fazer de morta foi o mais útil e mais difícil com essa natureza que ganhei de alguém.
Minha natureza viva transbordando pra dentro de mim.
Uma natureza quase viva ou meio morta querendo sair por dentro de mim... Mas ainda assim uma natureza. Mas ela era pra dois. Pra uma e pra algum outro. Um outro qualquer, um outro rotativo, ou outro perene, mas um outro.
Requisito? Sei lá... anti-natureza morta deve bastar.