sexta-feira, 20 de março de 2009

Um pouco de amizade

Um pouco de amizade não faz mal a ninguém.
Eu, particularmente, gosto muito de me sentir útil na vida dos amigos, e mais ainda quando eles também demonstram esse tipo de preocupação comigo, o que, no caso, não tem acontecido com muita frequência, mas tem acontecido o suficiente pra saber que as pessoas estão por aqui.
Ser amigo é algo fundamental... Nada melhor que a parceria, saber que tem alguém sempre lá, e ter vontade de sempre "estar lá" pra alguém.
Mas, como tudo na vida, há de se respeitar esses limites da amizade. E o meu limite chegou. Soa estranho pra careamba falar isso, já que romanticamente, amizade seria uma viagem sem limites, mas eu sou limitada e achei o limite da amizade. Não sou capaz de trair minhas convicções em nome de uma amizade de via única, onde eu sou a amiga e o fulano é o peso. Eu me amarro em te ver sorrir, ser útil natua vida e tudo o mais, mas eu^é que tô precisando agora. Eu que quero fazer manha, eu que quero ligação tentando me animar, eu que quero filme sem motivo, cantar, fazer música, tocar violão, batucar qualquer coisa.
Eu que quero, e cadê?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Shhh!

Chegando no mais belo lugar e de repente me diz :"Silêncio, doçura!". Calada sempre estive, mas não me chame de doçura. E caso a doçura não seja eu, não a mande calar. Deixe a doçura falar, deixe-a gritar por dentro e por fora de tudo. Falta-me a doçura das fêmeas. Mas tenho outras valias que por ti esperam, mas não as mande calar.

Nesse tão belo lugar, e de difícil alcance, guardei o melhor de mim. Ninguém nunca veio aqui, sabia? "Hum". Sei que não importa, mas nunca trouxe ninguém aqui. "Hum". Deveria importar, pois por dentro e por fora de cada lugar, coloquei um pedacinho de mim. Cabelos, lágrimas, sorrisos, palavrões. O melhor e o pior espalhados pra você juntar. Me monte como quiser: Um pouco de beleza, carinho e dedicação? Junte a isso as lágrimas, MEU CABELO, e um ou outro cd. Não? Hmmm... Tire o cabelo, então... Mas já não serei mais eu. "Silêncio, doçura!" Ai, mas quanta coisa... Quero te ofertar tanto e toda hora um "cala boca"?

"Silêncio, doçura... Não seja mais tão suave. Que me matar? Pois mate. Mas não será mais você. Sumirão as lágrimas, os sorrisos e os palavrões. É que por dentro e por fora de cada lugar, coloquei um pedacinho de mim em você."

Calei a boca, doçura.

Sobre a hora certa.

A certeza das horas está cada vez mais rara e distante, bem como qualquer outro tipo de certeza. Mas não é um lamento não, mesmo que soe assim. É uma constatação, ainda feliz ou grata, pela possibilidade de assim poder perceber.

Saudade da infância:
"Terezinha de Jesus
Numa queda foi ao chão
Acodiram três cavalheiros
Todos três chapéu na mão

O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão"

Coisa linda.

domingo, 15 de março de 2009

Preciso de alguém que atenda o telefone quando eu quiser dizer que estou com saudades...
Preciso de alguém que ligue interurbano, mas não quero outro amor interurbano... Quero só um carinho sem fronteiras. Onde tem?

sábado, 14 de março de 2009

Tudo novo, de novo.

Aquela mesma onda da música... "Tudo novo de novo, vamos mergulhar onde já caímos..." É muito bom poder repetir escolhas.
Quando podemos dizer que queremos tudo aquilo que já foi considerado erro, agora é opção. Ontem foi queda, hoje é mergulho.
E a vida tem sido uma série de mergulhos... E o mais tenso deles, um mergulho dentro de mim. Nada mais belo e mais assustador do que se conhecer por dentro.
É como subir nas cachoeiras mais altas e ficar olhando pra baixo... dá medo, mas dá vontade de pular, e eu pulei. Meio querendo, meio sem querer... É tudo diferente. Saber-me eu me deu uma consciência nova de mim, do meu corpo, da vida.
Entender que não nos encerramos em nós mesmos... Que as atitudes reverberam em outros, que eu sou um outro.
Que o chão faz parte de mim. Que eu sou o meu corpo, minha alma, minha mente, mas não só isso...

Música: Sinnerman - Nina Simone.