Todo fim um dia chega.
Até mesmo o fim das convicções. Muitas coisas que parecem certezas, de repente mudam. E não foi diferente na vida dela.
Tinha decidido havia poucos meses que não mais se permitiria ações levianas, diversões somente se tivessem por trás de si algo de muito libertador e isso já era convicção. A única coisa que ela não havia calculado, era o poder da novidade.
Há tanto tempo sua rotina não mudava, que simplesmente sumiram de seus pensamentos as coisas que nela não estavam inclusas.
E eis que surgiu um elemento novo na sua rotina: a displicência.
E esta chegou de forma avassaladora, com tudo aquilo que poderia haver de mais jovem e bonito. Com uma ingenuidade que de tão pura lhe parecia forçada. Arrastou sua convicção pra baixo do tapete, pra baixo de si, pra baixo de tudo.
E foi embora.
O ônibus não passa, a saudade não passa, o fim chega e não passa.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
Tudo junto de uma vez.
"Estou podando o meu jardim..."
É nesse meio de tudo que me encontro hoje.
Tirando as bordas, as arestas, os cantos... E vendo com certa distância tudo que cai, que se vai...
Podar dói...
Mas dói também se dentir podado da vida do outro... Mal chegamos à porta e já ouvimos: "Pode ir embora, não tem ninguém aqui".
A lógica dolorida das palavras desespera. O sono que não vem na hora em que se espera, um nome que nunca pára de se repetir na mente.
Um nome.
Sensação esquisita essa de sentir falta. Falta sempre alguma coisa, mesmo quando nada nos falta.
No meio da loucura cotidiana, a gente sempre arruma espaço pras crises. Na maioria delas, com a gente mesmo. Crises que não dão conta de nada. Nada explicam, nada acrescentam, apenas dão ao outro uma certeza equivocada de que nos conhece, e de que somos a crise.
"Don´t lose your head
then lose your guy
You can't lose a broken heart"
É nesse meio de tudo que me encontro hoje.
Tirando as bordas, as arestas, os cantos... E vendo com certa distância tudo que cai, que se vai...
Podar dói...
Mas dói também se dentir podado da vida do outro... Mal chegamos à porta e já ouvimos: "Pode ir embora, não tem ninguém aqui".
A lógica dolorida das palavras desespera. O sono que não vem na hora em que se espera, um nome que nunca pára de se repetir na mente.
Um nome.
Sensação esquisita essa de sentir falta. Falta sempre alguma coisa, mesmo quando nada nos falta.
No meio da loucura cotidiana, a gente sempre arruma espaço pras crises. Na maioria delas, com a gente mesmo. Crises que não dão conta de nada. Nada explicam, nada acrescentam, apenas dão ao outro uma certeza equivocada de que nos conhece, e de que somos a crise.
"Don´t lose your head
then lose your guy
You can't lose a broken heart"
Assinar:
Postagens (Atom)